Tu que te preocupas tanto com o teu exterior, com o que aparentas ser. Eu resolvi escrever esse texto pra te mostrar que o que tem por dentro não é só mais importante, mas sim o fundamental pra que sintas o que realmente és.
Teus olhos descrevem perfeitamente a intensidade do teu ser, eles mostram tua fragilidade intensa a qual faz tremer os mais bravos ou faz chorar os adultos mais firmes. Eu que gosto tanto de falar de olhos agora falo dos teus. Que antes pra mim assim como os outros tinham cor indefinida, mas a certeza embotada neles me demonstrou a cor. Cor de certeza incerta ou até de fragilidade indestrutível. Cor de doçura e ao mesmo tempo sagacidade. Tu que pensas tão pouco no quanto és, agora te digo que és mais do que metade do que muitos serão pela metade.
O teu corpo descreve o percurso perfeito do vento que atravessa os oceanos como um simples movimento pendular, estes que balançam teus cabelos. E no mais repetitivo dos versos, repito sobre o amor que transpareces, esse parece até teu cheiro, o amor mais inocente possível apesar de ver tantas prostituições apaixonadas.
Tu não te reconheces e isso te torna mais pura. Tu não sentes o teu poder por isso te trocas sempre em miúdos quando na verdade darias uma bíblia resenhada e descrita nos mínimos detalhes.
Te resumir seria falar do corpo sem citar o coração. Seria não sentir o quão o teu grande senso de humor irradia no ambiente.
É teu odor. Odor de fruta bicada, mas que sempre resplandece com o raiar do sol, e onde o teu brilho se confunde com o do astro.
Agora me digas tu, criatura de tanta perfeição como consegues nos teus graves desvios e erros ser perfeita até errando?
Como ludibrias os mais convictos ou fazes de ti alvo para tudo quando na verdade és o caçador?
Se como dizem que o amor é pros estúpidos, queria eu cair nas graças da magnitude da tua estupidez.
É engraçado até ver o delineamento do teu rosto de métrica tão impecável que até esse texto se torna incapaz de descrever por mais minucioso que seja, me equivoco ao falar de texto, prefiro falar da infinidade das palavras e línguas vigentes que se tornam inúteis pra falar de ti.
Se Deus errou em algum momento, não foi no teu molde, mas na incapacidade dos homens de te compreenderem. Pois afinal o homem só compreende o que é do próprio homem e não seres banhados em poças de mel e amor como tu.
Ao escrever isso lagrimas correm pelo meu rosto como crianças brincando de ciranda, não por tristeza, mas pela honra de talvez ter sido o primeiro a te descrever.
Em meras metáforas compararia tua passagem com a luz matutina maculando o negro céu da madrugada
Muitos homens morreram com vitórias inestimáveis em suas costas, alguns morreram com derrotas homéricas, mas eu viverei pra sempre imortalizado por essas palavras. Como o único que descreveu com tanta perfeição um ser perfeito nas imperfeições.
Todo ser humano nasce grande e perfeito, mas poucos se deixam libertar, se deixam bater asas e mal sabes o quanto as tuas asas são bonitas quando abertas, mas tuas incertezas são um sobretudo em tua divindade. (Chahrour)
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